Às vezes é tão difícil nos desprendermos...
Quando nos acostumamos com uma determinada situação e aquilo não nos parece certo, mas nos parece comodo.
Talvez por pura covardia, ou medo dos fantasmas ou até mesmo pela falta de adaptação.
Acabamos nos acostumando a calar, a consentir, e por vezes a nem sentir.
A gente se acostuma com o que nos é ofertado e perdemos a sagacidade de procurar o novo.
Se acostuma mas não deveria.
Se acostuma com a comida insossa, com o trabalho que não nos faz feliz, com a pessoa que não nos aceita exatamente como nós somos. Aceita as migalhas do pão que alguém comeu. Aceita mas não deveria. Aceita estar onde não queremos, e ouvir o que não gostamos. Aceita ordens que não gostaríamos de cumprir. Aproveita a "oportunidade" se assim pode ser chamada de nos acomodar.
Particularmente eu gostaria de mudar. Gostaria de dizer que isso não é o que eu quero, não é o que eu quero ouvir, não é o carinho do qual eu preciso, não é a companhia que me faz bem. Gostaria de dizer que a comida estava sem sal, e que não é deste perfume que eu gosto. Gostaria de dizer que essas não são as músicas que me fazem viajar, e que definitivamente não é este o futuro que eu esperava ver a minha frente. Queria dizer também que eu preferia mil vezes estar escrevendo romances "agua com açúcar" do que estar oferecendo sabedoria à quem não precisa ou não se interessa por isso, ou cozinhando, adicionando novos sabores a paladares aguçados que realmente procuram alento para sua fome. Eu gostaria mesmo de dizer que não acredito em determinadas ideias e ideais que não são meus, e que acredito em outras que estão guardadas dentro de mim. Que acredito em amizades verdadeiras, por ter encontrado muitas falsas, e que acho que ainda não sei o que é o amor verdadeiro, pois ainda não encontrei meu amor próprio. Eu gostaria de mover montanhas, e deitar na relva ou parar em meio a uma avenida barulhenta, se isso fosse realmente a minha vontade. Eu gostaria de dizer que adquiri hábitos e vícios, mas isso não mudou o que eu realmente sou, e acredito que sou uma boa pessoa apesar de não ter sido muito boa comigo mesma. Gostaria de dizer que quero tentar dizer tudo isso... a quem queira ouvir ou até mesmo repetir isso tudo diversas vezes para mim mesma, até me convencer de que eu realmente posso dizer tudo isso.
(...) e como quisera eu, sussurrar algumas palavras, para desatar o nó da garganta, para desaguar o rio que corre dentro de mim. Como para gritar ao mundo algumas palavras, dizer: EU ESTOU AQUI!
sexta-feira, 9 de setembro de 2011
terça-feira, 6 de setembro de 2011
Acho que deixamos de ser felizes quando esquecemos de ouvir a voz de dentro da gente.
Quando nos deixamos levar pela frieza dos dias e das pessoas ao redor.
Acho que deixei de ser feliz quando me prendi ao passado, quando não me dei tempo para o luto,
quando não me permiti chorar, quando não me deixei sentir dor.
Me negligenciei a alegria quando me enrusti na hipocrisia de acreditar que "tá tudo certo" ou até mesmo"não há o que mudar".Mas ainda espero ser feliz e me permitir sentir isso.
Faço minhas essas palavras:
"Quando penso em você
Fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa
Menos a felicidade
Correm os meus dedos longos
Em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego
Já me dá contentamento
Pode ser até manhã
Cedo, claro, feito o dia
Mas nada do que me dizem me faz sentir alegria
Eu só queria ter do mato
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza
E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza ...
E deixemos de coisa, cuidemos da vida
Senão chega a morte
Ou coisa parecida
E nos arrasta moço
Sem ter visto a vida"
Quando nos deixamos levar pela frieza dos dias e das pessoas ao redor.
Acho que deixei de ser feliz quando me prendi ao passado, quando não me dei tempo para o luto,
quando não me permiti chorar, quando não me deixei sentir dor.
Me negligenciei a alegria quando me enrusti na hipocrisia de acreditar que "tá tudo certo" ou até mesmo"não há o que mudar".Mas ainda espero ser feliz e me permitir sentir isso.
Faço minhas essas palavras:
"Quando penso em você
Fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa
Menos a felicidade
Correm os meus dedos longos
Em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego
Já me dá contentamento
Pode ser até manhã
Cedo, claro, feito o dia
Mas nada do que me dizem me faz sentir alegria
Eu só queria ter do mato
Um gosto de framboesa
Pra correr entre os canteiros
E esconder minha tristeza
E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza ...
E deixemos de coisa, cuidemos da vida
Senão chega a morte
Ou coisa parecida
E nos arrasta moço
Sem ter visto a vida"
Cecília Meireles
quinta-feira, 21 de julho de 2011
"Não soube compreender coisa alguma! Devia tê-la julgado pelos atos, não pelas palavras. Ela me perfumava, me iluminava... Não devia jamais ter fugido. Devia ter-lhe adivinhado a ternura sob os seus pobres ardis. São tão contraditórias as flores! Mas eu era jovem demais para saber amar."( A.S.E)
Nothing more else to say....
sexta-feira, 1 de julho de 2011
quarta-feira, 1 de junho de 2011
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Necessidade de arrumar o armário...
Colocar pra fora, tudo que não me faz bem,
arrumar as prateleiras da vida, ordenar as coisas
pelo sentido que elas fazem ou tem.
Tirar o mofo dos bons sentimentos
colocá-los ao sol.
Diminuir o espaço entre os abraços que estão guardados,
para caberem mais e mais abraços, de preferência colocá-los
em local de fácil acesso.
Colocar pra fora, tudo que não me faz bem,
arrumar as prateleiras da vida, ordenar as coisas
pelo sentido que elas fazem ou tem.
Tirar o mofo dos bons sentimentos
colocá-los ao sol.
Diminuir o espaço entre os abraços que estão guardados,
para caberem mais e mais abraços, de preferência colocá-los
em local de fácil acesso.
terça-feira, 15 de março de 2011
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