sábado, 22 de maio de 2010

Pés descalços, cansados da longa caminhada
apoiados no chão, que parece não cumprir seu papel
de lugar seguro para pisar.
Sentados um ao lado do outro
mais distantes do que nunca
Ela questiona,
ele cala.
Ela indaga novamente
ele acena algo com a cabeça.
Ela se irrita com o silêncio dele
que corta, fere a carne como navalha.
Grita, gesticula, levanta e senta novamente.
Ele continua calado, olhar distante.
Ela então chora, chora um choro assim baixinho,
quase um sussurro.
Ele levanta, olha para a porta
Ela pede que ele não vá
Senta novamente,
eles se abraçam
uma abraço forte, o último.
E dizem quase que juntos:
- Então, acabou?
E eu te pergunto...
E então? Acabou?

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Receita para curar a loucura

40 minutos dos teus abraços mais apertados
20 dos teus beijos mais melosos
1 porção bem generosa de risos a dois
2 mãos dadas, bem apertadas
guerra de travesseiros 2 vezes por semana
fazer amor contigo todo dia
dormir abraçadinho, de conchinha

Modo de fazer:
Misture bem todos os ingredientes, tempere com algumas lágrimas que porventura aparecerem, e algumas crises de ciúmes bobos. Deixe descansar e sirva-se a vontade, sempre que a loucura aparecer.
Nada sério, nada tão simples.
Na verdade, nada tão de perto,
nem tão de longe.
Nada normal,
Nada por mim.
Nada por nós.
Nada, palavra vazia, quase sem tradução.
Saudade é restinho de amor.
É raspinha no fundo da panela,
Daquele doce que a gente gosta mais.
É o que sobrou do amor depois do vendaval
da ventania que quase levou o telhado,
que desfolhou a flor
levantou a poeira,
que quase apagou o fogo
da panela de doce, que estava quase no ponto.
Saudade... fundo de taxo.

Chato

O chato, é que você é chato,
chato sentir sua falta.
Chato mesmo é saber que você é chato e
que é chato ficar sem você.

Chato é sentir fome, frio e a sua falta.
Sem beijo, sem carne, sem você e com a saudade.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Eu não vou te pedir perdão,
não vou me desculpar pelos erros que
não fui eu quem cometi.
Não espere de mim nada além do amor
que eu te ofereço, mesmo que distante,
mesmo que aos poucos, em doses homeopáticas,
mesmo que gritando de longe.
Mas perdão?
Ah! Perdão não...
Se você não me diz nem que sim, nem que não...
eu fico com um talvez.
Eu fico com a palvra engasgada, em cima do muro.
Fico atrás da porta, ouvindo quietinha
você gritar bem alto sua felicidade.
Mas você não diz, nã, não diz
nem que sim, nem que não.
Nem isso, nem aquilo
nem sim
nem não.
Sim, eu guardo todas as fotos,
aquelas que conseguiram guardar num pedaço de papel
momentos tão bons.
Sim, que guardo cada bilhetinho,
cada rascunho daquela história que nós vivemos.
Eu guardo as cartas, os emails,
e até aquele restinho de perfume.
Pra quê?
Pra poder num dia de chuva, assim como quem não quer nada
abrir a caixinha de memórias e saboreá-las uma a uma
e assim ser feliz um pouquinho.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Tolos são eles, que acreditam ter nos enganado...
Eles enganaram a si próprios, acreditando que tinham nos derrotado.
Só as pessoas de alma e coração realmente puros são capazes de sentir
De amar, de abraçar de coração, uma causa, uma pessoa, qualquer coisa que seja!
Tolos são eles que se apegam ao poder momentâneo de uma conquista...
Ah! Eles são mesmo uns tolos...
Um dia quem sabe eles enxerguem que fazer o mal, só lhes trará mal também.
Enquanto isso, nós que sentimos, vamos observando, espiando de fora ( as vezes não tão de fora).
Até onde esses tolos de alma vão chegar,
Eu não sei talvez você também não saiba...
O que eu sei e quero que você também saiba
É que eu não me renderei,
Eu não vou retroceder um só passo...
Vou continuar caminhando, mesmo quando as pedras do caminho machucarem meus pés,
Isso é sinal de que eu estou caminhando,
Eu não vou deixar de amar, nem de acreditar que as pessoas podem mudar sim,
Isso é sinal que eles não conseguiram matar o melhor de mim...
"eles passarão.. eu passarinho"
Este beijo, o beijo da Capitu,
é o beijo inebriante, o beijo avassalador,
aquele beijo que faz os pés saírem do chão,
Não, não.. não é um beijo cheio de ternura,
não é um beijo de amor, beijo romântico de novela.
É o beijo da paixão, do fogo do momento,
que incendeia a alma, que faz queimar o corpo
que atormenta o juízo.
É como se Capitu fosse feiticeira,
encantando quem é beijado.
As palavras para mim foram assim...
Foram como o beijo de Capitu,
após tocarem-me a boca, transformaram minha vida,
como num toque de mágica.