quinta-feira, 29 de abril de 2010

Ele é meu único desejo,
meu fogo!
Meu norte, meu vício.
É por ele que meus olhos brilham,
e é nos olhos dele que
se encontra minha felicidade.
Sem ele a vida não tem graça,
domingo ensolarado
vira sábado à noite nublado...
Sem ele não há nada que eu queira fazer,
não há motivos pra escrever...
Sem ele não sei mesmo o que seria de mim.
Não há risadas sem motivos,
não há manias intrigantes,
não há brincadeiras bobas...
sem ele tudo fica cinza.
Ele é a graça de tudo,
é a cor, sabor, tempero...
ele é meu tudo,
ar que eu respiro,
meu alimento,
minha alegria.
Ele É MEU TUDO!
Em meus delírios, te escuto,
meu nome gritando
meu corpo puxando
pra perto do teu...

Pena que é só pensamento
que voa pra longe
e ao teu encontro vai...

És tão cego que não vês
minha alma a vagar
pra perto da sua
És tão surdo que não ouves
meus sussurro ao pé do teu ouvido
“dá-me uma chance”
Uma oportunidade
de brincar no teu corpo
entrar nos teu sonhos
Te Provar...
que eu posso, eu consigo....
desvendar teus mistérios...
e ainda te fazer FELIZ COMO NUNCA...
Eu escolhi...

eu escolhi o caminho mais difícil,
a amor mais impossível.
eu escolhi viver de um sonho
eu escolhi não ser só mais uma,
eu escolhi ser ÚNICA...
eu escolhi as pedras mais pesadas.
Mas fui eu quem escolheu...
eu escolhi a família mais complicada,
os amigos mais loucos,
as paixões mais arrebatadoras.
Eu escolhi tudo isso.

Afinal, qual é a graça de ser COMUM?
Tenho medo...
medo da noite,
medo de fechar os olhos...
e quando abrir,
não lembrar mais
da cor dos seus olhos...
Ouve AGORA, o poema que eu fiz
na tentativa vã
de simplesmente te esquecer.
Escuta AGORA meu grito
em meio ao teu silêncio.
Vê AGORA, minhas lágrimas
que correm fartas pelo rosto.
Abraça AGORA este corpo
que já foi seu...
Beija-me então AGORA pela última vez
para que eu leve comigo
para onde quer
que o vento me carregue
A doçura indizível do teu beijo
e o calor do teu corpo...
Ouve AGORA! Peço-te.... Este poema
E me liberta desta prisão
na qual estou presa,
Por minha própria vontade
AGORA, agonia da hora.
Pai! Afasta de mim esta boca.
Afasta de mim este corpo quente...
Tira de mim a força louca
que tanto me atrapalha a mente...

Pai! Afasta de mim o sofrimento
de não ter nem por um momento
a atenção dos olhos deste homem,
pois perto dele as palavras somem.

Por que ele detém todos os meus pensamentos
e são dele todos os meus sentimentos.

Pai, afasta de mim o sorriso,
os olhos sem juízo
Afasta, afasta... mande tudo embora...
Pois minha alma agora chora...

Leve-o e atire-o ao vento
faça com que desapareça
deste meu inútil tormento.
Que ele suma da minha cabeça!
(Cynthia de Almeida)
Para o coração...
nova função...

Guarde,
não só meu amor...
guarde a imagem,
de cada pequeno momento.
(Como os olhos)
Guarde o gosto de cada beijo
(como a boca)
Guarde cada arrepio
(como a pele)
guarde cada emoção
(como o próprio CORAÇÃO)
nova função: Guardião.
Quem sou eu?

É engraçado não saber.
Nada concreto para dizer.
Ora sou pequena menina,
ora sou mulher pequenina...

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Esperança é algo que já não tenho mais. Voou do varal numa noite qualquer. O mesmo varal onde pendurei minha fé. Voou também. Nem vi. Venta muito por aqui. Nada fica firme por muito tempo. As roupas não secam, somem. Voam sei lá pra onde. Já não sei o que vestir quando me convidam. Por isso nunca aceito. Fico em casa com satisfação. Vou até o quintal e aproveito o tempo para estender fotos, passados, sonhos. Tudo no mesmo varal. Só pra tirar o mofo, tomar um ar. Mas sempre voam. Voam sei lá pra onde. E eu vou perdendo as peças da minha história. Uma por uma. Tudo que eu amo desaparece. Do quintal da minha casa, nem dá pra ver o seu. Mas imagino que lá no fundo, num cantinho, também tenha um varal. O seu varal. Onde não venta. E devem estar pendurados: meu sorriso, minhas certezas, minha fé. Quem sabe um dia bate um vento e, de tão forte, te faça trazer tudo de volta o que sempre foi meu. E falta. No meu quintal. O tempo voa enquanto espero. Estendo a vida num varal. Esperança já não há. Voou sei lá pra onde. Nada fica firme por muito tempo. E venta muito por aqui.

(Maíra Viana- O Varal)

Esperando Esperança...
Quantas vezes mais terei que retocar a maquiagem até você chegar? Ás vezes eu olho embaixo da cama, atrás do armário, dentro da geladeira, nas gavetas da sala, quem sabe eu te encontro, no lugar certo, só pra ser mais feliz, bem assim por acaso...

Quantas vezes mais as estrelas cadentes vão me virar a cara negando um pedido? Às vezes eu rezo, acendo uma vela, faço uma prece, jogo minha fé pela janela, depois me arrependo, vou lá, pego de volta, toda molhada, estendo no varal, vento que seca, tempo que passa, e você, nada...

Quantas vezes mais vou duvidar da sua existência? Será que estás o tempo todo aqui, como um fantasma, a me acompanhar, sem que eu perceba, na minha cegueira, tua presença invisível, espalhada pela sala, espírito zombeteiro, acenando pra mim, e eu, nada...

Quantas vezes mais você vai gritar mesmo sabendo que eu não posso te ouvir? Canta uma música, gesticula, faz mímica, tenta qualquer coisa, eu preciso te ver, não desiste de mim, fica um pouco mais, toma um gole de café, puxa uma cadeira, olha umas fotos, acende um cigarro...

Quantas vezes mais terei que me desfazer para te encontrar? Eu ando pela casa, troco os moveis de lugar, mudo a cor do cabelo, jogo as fotos pela janela, depois me arrependo, vou lá, pego todas de volta, estendo no varal, amareladas, tempo que mancha, vento que passa, e você, quase posso te ver, em cada uma delas: perto de mim fazendo careta, sorrindo atrás de uma árvore, correndo por entre nuvens num dia de sol....

Quantas vezes mais terei que lembrar a mim mesma onde foi que eu guardei a minha felicidade? Às vezes eu assobio enquanto penduro a fé no varal, me olho no espelho enquanto você se esconde do tempo num porta-retrato, cativo o prazer dessa incessante busca, fecho os olhos aos acenos e continuo procurando, nos lugares errados, só pra ser mais infeliz, bem assim por acaso...
( Esperando Esperança- Maíra Viana)

sexta-feira, 16 de abril de 2010

São os sonhos simples, da mulher menina.
São os gestos nem sempre sutis...
É a infindável procura por algo que a mantenha aquecida.
São os desejos da mulher,
Os sonhos da menina.
É o cotidiano agitado,
São as conversas de mesa de bar,
As discussões sobre amigos e amores.
Sobe, desce, caminha, pára.
Beija, abraça, grita, chora... e chora...
E depois sorri um sorriso confortante.
Planta,colhe... Semeia saberes ,duvidas, dívidas...
Bate, apanha, socorre, e chora.
Repreende, é repreendida, reflete.
E a pergunta de sempre, viver faz sentido?